No dia 19 de agosto de 2005, Florianópolis viveu um dos episódios mais marcantes de sua história recente: o incêndio que atingiu o Mercado Público. O sinistro teve início por volta das 8h da manhã, e rapidamente ganhou grandes proporções, mobilizando guarnições de diferentes municípios da Grande Florianópolis e até de outras regiões.
No dia 19 de agosto de 2005, Florianópolis viveu um dos episódios mais marcantes de sua história recente: o incêndio que atingiu o Mercado Público. O sinistro teve início por volta das 8h da manhã, e rapidamente ganhou grandes proporções, mobilizando guarnições de diferentes municípios da Grande Florianópolis e até de outras regiões.
As primeiras equipes do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC) chegaram ao local cerca de 20 minutos após o início das chamas. Ao todo, 12 viaturas foram empregadas no combate, vindas de Florianópolis, São José, Biguaçu e até Itapema. O fogo foi controlado por volta das 10h20, dando início aos trabalhos de rescaldo que só foram finalizados no dia seguinte.
As chamas atingiram os dois andares do Mercado, e se propagaram de forma rápida devido a grande quantidade de material inflamável como roupas e calçados e ficavam estocadas na parte superior da edificação. A ação integrada das guarnições foi decisiva para conter o avanço do fogo em uma edificação histórica e de grande importância para a capital catarinense.
A perícia realizada pelo CBMSC apontou que o incêndio teve início em um box de alimentação, a partir de uma fritadeira elétrica utilizada para o preparo de salgados. Apesar de não ter sido intencional, a propagação das chamas foi intensificada pelas condições do local, em especial pela presença de botijões de gás na estrutura.
O laudo concluiu que, caso esses cilindros não estivessem instalados dentro do prédio, as primeiras guarnições teriam condições de extinguir o fogo ainda nos minutos iniciais. Esse ponto trouxe reflexões importantes sobre prevenção e segurança em edificações comerciais.
Vinte anos depois, o incêndio no Mercado Público segue como um marco na memória de Florianópolis e do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina. O episódio não apenas evidenciou os desafios da corporação à época, mas também impulsionou avanços na estrutura de combate a incêndios, na fiscalização de estabelecimentos e na conscientização sobre medidas preventivas.
Mais do que uma lembrança de destruição, a data reforça a importância da preparação, da modernização de equipamentos e da valorização da segurança como prioridade para a proteção da vida e do patrimônio.
Fiscalização como ferramenta de prevenção
Em junho deste ano, um princípio de incêndio assustou novamente os comerciantes do local. No entanto, devido aos aprendizados da tragédia de 2005, as chamas foram rapidamente extintas. O sistema preventivo conhecido como sprinklers foi acionado automaticamente, combatendo o fogo ainda em seu início.
Assim como há 20 anos, as chamas também começaram na cozinha de um dos boxes.
Na última semana, o CBMSC, em parceria com a Prefeitura de Florianópolis, realizou uma vistoria técnica no Mercado Público Municipal, com o objetivo de verificar e garantir as condições de segurança contra incêndio e pânico do local.
A ação contemplou a inspeção detalhada dos sistemas preventivos, como saídas de emergência, sinalização, iluminação de emergência, extintores e demais equipamentos indispensáveis para o controle de riscos e a pronta resposta em caso de sinistro. Também foram observadas questões estruturais e operacionais que impactam diretamente na segurança de comerciantes, trabalhadores e visitantes.
Créditos:
Texto: Karla Lobato - CCS/CBMSC
Imagens: Divulgação CCS/CBMSC
Assessoria de Imprensa CBMSC: (48) 98843-4427
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