Nesta segunda-feira (05/03), 15 integrantes da ONG Orionópolis, que atende pessoas com múltiplas deficiências, que foram abandonadas pelos familiares e que não têm como sobreviver de forma autônoma, aproveitaram o programa de Acessibilidade ao mar do Corpo de Bombeiros Militar para se banharem com segurança na praia do Sonho, em Palhoça.
Para aproveitar o dia na praia, o pessoal chegou cedo. Por volta das 9h o ônibus com os banhistas estacionou perto da areia da praia. Com ajuda dos guarda-vidas e nas cadeiras especiais, os banhistas eram levados um a um até o mar. Quem conseguia, já foi entrando na água. Mas sempre sob os olhar atento dos Bombeiros.
Descontraídos e interagindo com os Bombeiros e Guarda-vidas os banhistas também tiveram contato com as atividades de prevenção desenvolvidas pelos Bombeiros nas praias. Eles subiram no quadriciclo e tiraram muitas fotos.
O Sargento Andrade, coordenador do programa de acessibilidade na Praia do Sonho disse que esse ano a procura pela praia que oportuniza o banho de mar com segurança foi bastante grande. “Turistas da Argentina e do Uruguai chegaram a locar pousadas e casas na região atraídos pela possibilidade de usarem as cadeiras especiais. Pois, além dos cadeirantes, e portadores de múltiplas deficiências, a cadeira também facilita o banho de mar a idosos”, explica. O Tenente Marcelo Pereira, subcomandante do Corpo de Bombeiros de Palhoça explica que agora, em virtude da baixa temporada, muitos postos de guarda-vidas já foram desativados. “Mas a ONG ou instituição que quiser se beneficiar com o programa pode entrar em contato com o Bombeiro de Palhoça para reservar e fazer uso das cadeiras especiais”.
Para o supervisor da ONG Orionópolis, Gabriel Schuch, o banho de mar tem efeitos terapêuticos visíveis nos participantes. “Eles saem da praia bastante cansados e relaxados. Adoram o banho de mar e o contato com os Bombeiros”, disse.
Em Santa Catarina, há 24 praias que possuem cadeiras adaptadas para banho de mar. Para utilizá-las o indicado é procurar o Copro de Bombeiros de cada cidade ou pedir orientação para os guarda-vidas nos postos. Nem todas as praias disponibilizam o serviço pois, em algumas, o mar não apresenta condições para implantação do programa. O excesso de ondas pode prejudicar o uso das cadeiras, por exemplo.
Texto: Krislei Oechsler- Jornalista
Fotos: Soldado BM- Tiago Moritz
Informações: ONG Orionópolis e CBMSC