Cães e condutores do Corpo de Bombeiros Militar de Xanxerê realizam, desde março, visitas aos pacientes do Hospital Regional São Paulo (HRSP), em uma ação de cinoterapia que já atendeu a mais de 760 pacientes. Na última semana a cadela Ursa (da raça labrador), acompanhada do condutor, Soldado BM Jacques Douglas Romão, compareceu ao local para proporcionar aos pacientes momentos de relaxamento, segurança emocional e reforço de autoestima.
A psicóloga, Adrieze Jamile da Rosa, que trabalha na unidade de saúde, destaca que a visita do cão torna o paciente mais receptivo ao tratamento e motivado a participar da sua recuperação. “Quando o cão entra no quarto, o ambiente todo muda. Percebemos isso quando elas falam dos seus próprios animais de estimação e trazem à tona memórias passadas, quebrando a barreira do estresse, presente no ambiente hospitalar”, pontua a profissional.
“Um momento especial, onde podemos esquecer um pouco a doença que estamos passando e também nos distraímos com a presença dócil do cão”. Desta forma o paciente Edinei Vissotto, que estava internado há mais de 15 dias, definiu a cinoterapia. A namorada de Edinei, Dienifer Barp, que o acompanha durante o período de internação, destacou que a visita foi extremamente agradável e que deixou ambos mais felizes: “Adoramos receber a visita da labradora Ursa, foi um momento descontraído e feliz, onde podemos sair um pouco do foco de estarmos aqui há mais de duas semanas e ainda da angústia da espera”.
“É estressante quando estamos por um longo tempo acompanhando um familiar internado, como no meu caso, e receber a visita da labradora aqui no hospital, foi emocionante, foi um momento alegre”, relatou Altair Busetti, morador de Ponte Serrada, que acompanhada a internação de seu pai.
A médica Vanusa Mariano Hagel destaca que a terapia auxilia na recuperação e que a visita só traz benefícios ao paciente. “A visita de um cão saudável, vacinado, vermifugado e de comportamento dócil como a Ursa, jamais causará danos à saúde do paciente. Os únicos obstáculos seriam em casos particulares de alergias ao pêlo do animal ou a fobia de cães, ou, simplesmente, porque o indivíduo não gosta de ter contato com animais, e isto deve ser respeitado. Ver o sorriso dos adultos e das crianças com a chegada do cão é gratificante, pois de alguma forma alivia o sofrimento causado pela enfermidade. Se eu estivesse internada, sem dúvida alguma, esperaria ansiosamente pela visita”, finalizou a médica.
Créditos: Jornalista Meriana Chemin Peri / Assessoria de Comunicação do Hospital Regional São Paulo