A formação do bombeiro militar exige treinamentos contínuos e de alta complexidade, garantindo que o profissional esteja preparado para atuar em situações extremas e de elevada pressão. Nesse contexto, o Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC), por meio do Centro de Ensino Bombeiro Militar (CEBM), realizou, entre os dias 29 de novembro e 5 de dezembro, em Florianópolis, o Treinamento de Resistência Operacional (TRO).
A formação do bombeiro militar exige treinamentos contínuos e de alta complexidade, garantindo que o profissional esteja preparado para atuar em situações extremas e de elevada pressão. Nesse contexto, o Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC), por meio do Centro de Ensino Bombeiro Militar (CEBM), realizou, entre os dias 29 de novembro e 5 de dezembro, em Florianópolis, o Treinamento de Resistência Operacional (TRO).
A atividade é destinada aos Alunos Soldados que estão em fase final do Curso de Formação de Praças (CFP) e aos Cadetes do 1º Curso de Formação de Oficiais (CFO), proporcionando vivências práticas que simulam cenários reais de atuação. O TRO tem como objetivo desenvolver capacidade física, técnica e emocional, além de reforçar disciplina, liderança e trabalho em equipe — competências essenciais ao exercício da profissão.
O treinamento busca levar os alunos a situações extremas e fora da normalidade, colocando-os à prova física, mental e emocional. Durante o período de instruções, os participantes são submetidos à privação de sono, alimentação reduzida e exposição ao frio intenso, enfrentando condições similares a cenários reais que poderão vivenciar ao longo da carreira. Mesmo diante do desgaste acumulado, os militares em formação precisam participar de exercícios que simulam ocorrências complexas, reforçando a capacidade de decidir, agir e trabalhar em equipe sob forte pressão.
O TRO foi dividido em três etapas principais. A primeira, realizada no próprio Centro de Ensino, consistiu em treinamentos básicos preparatórios para os dias seguintes, incluindo apresentação e conferência de Apronal (apronto operacional, a mochila que os alunos teriam como único recurso nos dias seguintes); montagem de acampamento utilizando lona; instrução de ordem unida com foco em deslocamentos em rodovias — como técnicas de balizamento; e procedimentos de entrada e saída de viatura, com uso de caminhão da Força-Tarefa.
Na segunda etapa, realizada na Base Aérea de Florianópolis, os alunos foram empregados em treinamentos diretamente voltados à atividade bombeiril: salvamento aquático; busca e resgate em inundações e enxurradas, com uso de botes a remo; salvamento em altura; atendimento pré-hospitalar, incluindo montagem de macas com meios de fortuna, como bambu; e combate a incêndio, com ênfase em resgate de vítimas em áreas de difícil acesso.
Por fim, a terceira etapa, desenvolvida na Polícia Militar Ambiental do Rio Vermelho, constituiu a fase operacional do treinamento. Os pelotões foram distribuídos em quatro grandes operações simuladas:
- busca terrestre em área de dunas devido à queda de uma aeronave;
- resgate por água de comunidade cercada por incêndio florestal iminente;
- corte de árvores que obstruíam vias após a passagem de um ciclone; e a. abertura de valas para combate a incêndio florestal.
Durante todo o período no Rio Vermelho, os alunos permaneceram empregados de forma ininterrupta, inclusive durante a madrugada, na abertura de uma vala de córrego utilizada para abastecimento de água destinada ao combate a incêndios florestais no Parque Estadual. Essa ação resultou em melhorias concretas nas condições de manejo e disponibilidade hídrica da área, demonstrando o impacto real das atividades desenvolvidas durante o treinamento. Além das instruções técnicas, os militares em formação também foram submetidos a longos deslocamentos a pé, fundamentais para reforço da resistência física e da disciplina operacional.
Foram realizadas marchas entre o CEBM e a Base Aérea, da Base Aérea até o Rio Vermelho e, ao final, do Rio Vermelho de volta ao Centro de Ensino.
O Treinamento representa uma etapa essencial da formação do bombeiro militar, especialmente por desenvolver nos futuros militares a resiliência, a capacidade de liderança, o trabalho em equipe e a pronta resposta diante de situações adversas. Por meio do TRO, o CBMSC assegura que seus profissionais ingressem no serviço ativo plenamente preparados para enfrentar os desafios reais da atividade operacional e prestar um atendimento de excelência à sociedade catarinense.
Créditos:
Texto: CBMSC
Imagens: Divulgação CBMSC
Assessoria de Imprensa CBMSC: (48) 98843-4427
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