Por Sgt França - CCS em Terça, 23 Abril 2019
Categoria: Notícias Institucionais

Tornado em Xanxerê completa 04 anos

Há quatro anos Santa Catarina foi atingida por um tornado, que passou principalmente, pela cidade de Xanxerê, no Oeste do Estado.

No dia 20 de abril de 2015, o Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC) precisou lidar com uma ocorrência de grandes proporções. O Estado, já conhecido por enfrentar eventos críticos de origem natural, foi atingido por um fenômeno por volta das 15h, com ventos que variaram entre 100 e 330km/h.



Para se ter idéia do estrago, ao menos cinco torres de energia, que suportavam ventos de até 200km/h desabaram, deixando parte do município sem energia elétrica. A força dos ventos arrancou telhados, derrubou postes e árvores, além de derrubar carros. Pelo menos uma casa foi arrastada pela ventania e o ginásio municipal desabou. Ao todo, mais de 2,6 mil casas foram danificadas, o número de desabrigados passou de 500 pessoas e de desalojados ultrapassou 4.200 pessoas. Quatro pessoas morreram e mais de 90 ficaram feridas. Números bastantes significativos e que indicam o quão severo foi o evento enfrentado na região, a época.

Para atuar na resposta do evento crítico, o CBMSC trabalhou principalmente na resposta ao mesmo, sob articulação principal em conjunto com a Defesa Civil do Estado, com o apoio municipal. Com diversas operações de busca, ajuda-humanitária, resgate, internvenções em áreas deslizadas, busca com cães e entre outros, assim como na recuperação após a resposta ao evento.

Formação de tornado

Tornado é um funil que se forma entre a base da nuvem e o solo, com ventos que seguem em rotação. Com a existência de frentes frias, são maiores as chances deste fenômeno acontecer. Diferente dos furacões, os tornados tendem a ser detectados apenas quando já estão ocorrendo.

“Santa Catarina é um Estado muito propício para a formação de tornados. Esta parte do Brasil é considerada a segunda região do mundo com mais probabilidade a incidência deste evento, ficando atrás apenas do sul dos Estados Unidos. Por isso o CBMSC está em constante treinamento e evolução para atender estas situações”, destaca o coronel BM Edupércio Pratts, Comandante-Geral do CBMSC. Apesar de parecer novidade, pesquisadores já sabem deste fato, e alertam para a prevenção e mitigação a estes fenômenos, que tendem a ser mais fortes e mais frequentes em Santa Catarina, especialmente no Oeste e Meio-Oeste.


Principais dificuldades

Além das dificuldades inerentes à situação, a ação do CBMSC neste evento teve mais um dificultador: a comunicação. Com a falta de energia elétrica, quedas de torres de comunicação e demais complicadores, a comunicação ficou praticamente nula em uma grande área do Estado.
“Nós não tínhamos como nos comunicar por rádio, e nenhuma operadora de telefone indicava sinal para ligação, e tampouco internet. Foi difícil chamar reforços e outras forças-tarefas, devido à este complicador”. Comenta o Tenente-Coronel Walter Parizotto, que comandou as operações na época e hoje está a frente no comando do 14ºBatalhão de Bombeiros Militar, sediado em Xanxerê. O Ten Cel Parizotto comenta ainda que isto faz parte da atuação.

Forças-Tarefa também foram acionadas na ocasião

As Forças-Tarefa são equipes especializadas do CBMSC, compostas por 10 bombeiros militares, com cursos operacionais voltados a busca e resgate em situações extraordinárias. São 14 no Estado, que são empregadas quando a capacidade de atendimento local é ultrapassada em virtude de um evento crítico, ou de um desastre de origem tecnológica ou natural.
Em Santa Catarina as FTs existem oficialmente desde 2011, lançadas em solenidade na capital, e hoje, 8 anos depois, estão estruturadas e servem de referência para todo o país.

CENTRO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina

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