Serpentes, aranhas e escorpiões são animais que causam pânico em muitas pessoas. Para os Bombeiros Militares, em vez do medo, há a missão de garantir a segurança da população e a preservação do meio ambiente, com o manejo correto desses animais. Em virtude do número de ocorrências atendidas desta natureza, os alunos do 5º Pelotão do Curso de Formação de Soldados (CFSD) do Centro de Ensino Bombeiro Militar participaram de uma aula sobre manejo de animais peçonhentos (que possuem dentes ou ferrões para injetar veneno) e animais venenosos (onde o envenenamento é passivo). As instruções foram realizadas na quarta-feira (08/08), no Centro de Ensino Bombeiro Militar na Capital.
Com carga horária de oito horas-aula, o curso, ministrado pelo Sargento da Reserva Remunerada da Policia Militar de Santa Catarina, Marcos Aurélio Batista, abordou o estudo do araneísmo, escorpionismo e ofidismo, além do tratamento pré-hospitalar de vítimas de animais peçonhentos, manejo e resgate de serpentes. O assunto foi introduzido no currículo do Curso de Formação de Soldados, na modalidade de palestra temática.
Como prevenir acidentes com serpentes:
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Não andar descalço: sapatos, botinas sem elásticos, botas ou perneiras devem ser de usados pois evitam 80% dos acidentes;
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Olhar sempre com atenção o local de trabalho e os caminhos a percorrer;
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Usar luvas de couro nas atividades rurais e de jardinagem, nunca colocar as mãos em tocas ou buracos na terra, ocos de árvores, cupinzeiros, entre espaços situados em montes de lenha ou entre pedras;
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Não utilizar diretamente as mãos ao tocar em sapé, capim, mato baixo, montes de folhas secas; usar sempre antes um pedaço de pau, enxada ou foice, se for o caso;
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Tampar as frestas e buracos das paredes e assoalhos;
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Quando entrar em matas de ramagens baixas, ou em pomar com muitas árvores, parar no limite de transição de luminosidade e espere sempre a vista se adaptar aos lugares menos iluminados;
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Se por qualquer razão tiver que se abaixar, além de olhar bem o local, bater a vegetação ou as folhas; a coloração da jararaca se confunde muito com a das ramagens e folhas secas e há casos de acidente onde a pessoa não enxerga a serpente.
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Não depositar ou acumular material inútil junto à habitação rural, como lixo, entulhos e materiais de construção; manter sempre a calçada limpa ao redor da casa;
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Evitar trepadeiras muito encostadas a casa, folhagens entrando pelo telhado ou mesmo pelo forro.
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Controlar o número de roedores existentes na área de sua propriedade; ao lado dos outros problemas de saúde pública, a diminuição do número de roedores irá evitar a aproximação de serpentes venenosas que deles se alimentam;
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Não montar acampamento junto a plantações, pastos ou matos denominados “sujos”, regiões onde há normalmente roedores e maior número de serpentes;
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Não fazer piquenique às margens dos rios ou lagoas, deles mantendo distância segura, e não encostar em barrancos durante a pescaria;
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Manuseio de serpentes vivas deve ser feito com laço de luz ou com ganchos apropriados, por pessoas treinadas e com aptidão para o ofício. Não tocar nas serpentes, mesmo mortas, pois por descuido ou inabilidade há o risco de ferimento nas presas venenosas;
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No amanhecer e no entardecer, nos sítios ou nas fazendas, chácaras ou acampamentos, evitar a aproximação da vegetação muito próxima ao chão, gramados ou até mesmo jardins; é nesse momento que as serpentes estão em maior atividade;
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Proteger os predadores naturais de serpentes como as emas, as siriemas, os gaviões, os gambás e cangambás, e manter animais domésticos como galinhas e gansos próximos às habitações que, em geral, afastam as serpentes.
Como prevenir acidentes com aranhas e escorpiões?
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Usar calçados e luvas nas atividades rurais e de jardinagem;
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Examinar calçados e roupas pessoais, de cama e banho, antes de usá-las;
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Afastar camas das paredes e evite pendurar roupas fora de armários;
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Não acumular lixo orgânico, entulhos e materiais de construção;
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Limpar regularmente móveis, cortinas, quadros, cantos de parede;
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Vedar frestas e buracos em paredes, assoalhos, forros, meia-canas e rodapés; utilizar telas, vedantes ou sacos de areia em portas, janelas e ralos;
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Manter limpos os locais próximos das residências, jardins, quintais, paióis e celeiros; evitar plantas tipo trepadeiras e bananeiras junto às casas e manter a grama sempre cortada;
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Combater a proliferação de insetos, principalmente baratas e cupins, pois são alimentos para aranhas e escorpiões;
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Preservar os predadores naturais de aranhas e escorpiões como siriemas, corujas, sapos, lagartixas e galinhas;
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Limpar terrenos baldios pelo menos na faixa de um a dois metros junto ao muro ou cercas;
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Não colocar mãos ou pés em buracos, cupinzeiros, monte de pedra ou lenha, troncos podres etc.
Quais medidas devem ser tomadas após a mordida de um animal peçonhento?
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Lavar o local da picada de preferência com água e sabão;
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Manter a vítima deitada, evitar que ela se movimente para não favorecer a absorção do veneno;
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Se a picada for na perna ou no braço, mantê-los em posição mais elevada;
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Não fazer torniquete; impedindo a circulação do sangue, você pode causar gangrena ou necrose;
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Não furar, não cortar, não queimar, não espremer, não fazer sucção no local da ferida e nem aplicar folhas, pó de café ou terra sobre ela para não provocar infecção;
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Não dar à vítima pinga, querosene, ou fumo, como é costume em algumas regiões do país;
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Levar a vítima imediatamente ao serviço de saúde mais próximo para que possa receber o tratamento em tempo;
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Levar, se possível, o animal agressor, mesmo morto, para facilitar o diagnóstico.
Lembre-se: nenhum remédio caseiro substitui o soro antipeçonhento.
Emergências, ligue 193.
Créditos: Informações: Aluno Soldado Marcon – 5º Pelotão. Sargento BM Schmits – Chefe de Socorro 3º BBM Blumenau.
Centro de Comunicação Social
Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina