Com a aplicação das últimas provas práticas encerra nesta sexta-feira, 22, o primeiro módulo de Atendimento Pré-Hospitalar (APH) realizado nesta edição do Curso de Formação de Praças (CFP) do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC). Os alunos do 11° Pelotão, turma em formação no município de Rio do Sul, conquistaram 100% da aprovação no módulo e agora seguem no curso prontos para atuar como socorristas em ocorrências clínicas e de trauma.
O módulo ganhou um novo formato nesta edição do curso de formação, sendo três semanas de aula, 23 lições, 5 provas teóricas, 7 simulados práticos e uma atividade extra. O cabo Ricardo Vieira dos Santos, instrutor de APH, explica que o objetivo do módulo é fazer a imersão dos alunos no conhecimento prático e teórico, proporcionando uma evolução gradativa das atividades passando por simulados muito próximos da realidade. "O 11° Pelotão foi privilegiado por ter iniciado as atividades modulares pelo APH, pilar da atuação operacional do CBMSC e que servirá de base para a realização de diversos outros módulos", afirma ele.
Para a aluna soldado Crislleny Luzia Marques a equipe de instrutores foi fundamental nesse processo de aprendizagem e de entendimento sobre o que é realmente o APH, uma das principais atividades do bombeiro militar. "Cada um dos instrutores trouxe suas experiências e conhecimentos, transmitindo tudo aquilo que a gente precisava. De certa maneira esse foi um start no curso, apesar de já termos iniciado em agosto, porque foi o primeiro módulo a ter contato com essa vibração, com essa vivência que eles nos proporcionaram. Toda essa dedicação dos instrutores foi fundamental para conseguirmos compreender ainda mais a profissão bombeiro militar, desde as dinâmicas, feedbacks das provas e revisões dos conteúdos, fazendo com que a gente conseguisse compreender a importância de cada segundo, do trabalho em equipe, de ser reativo nas situações necessárias e a estar sempre prontos", conta a aluna.
A equipe de instrutores reforça ainda que o Pelotão Netuno (11° Pelotão) demonstrou muito interesse e dedicação a essa importante etapa de formação. "Eu vejo de forma muito positiva o engajamento da turma. E agora, acompanhando as avaliações finais, eu vejo que os alunos evoluíram bastante no entendimento do APH. Alguns não sabiam nem o que era uma gaze antes do início das instruções, então espero que levem tudo isso para o trabalho diário", afirma o tenente Daniel Bazanini Massarotte, um dos coordenadores do módulo.
Já para o cabo Ricardo, que junto dos outros instrutores acompanhou de perto os alunos, "é muito gratificante ver a evolução e o crescimento desses alunos, que agora, ao nos despedirmos, podemos chamar de irmão de farda tendo a certeza que 30 novos socorristas foram muito bem preparados para estar à disposição da comunidade catarinense. Não tenho dúvidas que grandes valores foram deixados marcados em cada um, que não faltará empatia e atenção no atendimento de suas vítimas e que farão sempre o melhor em prol daqueles que estiverem precisando de socorro".
A turma se despede do módulo e da equipe de instrutores com o sentimento de dever cumprido. "Em nome da turma posso afirmar que finalizamos esta etapa com muito cansaço mental e físico, mas com o sentimento de saudade. Acredito que a saudade é um sinal de que conseguimos viver muitas coisas boas, e que no final o que fica são os momentos e o exemplo dos bombeiros militares que queremos ser", afirma a aluna soldado Luzia.
Uma evidência de que os alunos estão prontos para a missão diária de atender a população foi a reversão de uma obstrução de vias aéreas (OVACE), no dia 12 de setembro, feita por uma equipe de alunos que estava de serviço no quartel. "Fico feliz que os alunos que se depararam com essa situação conseguiram lidar da forma correta, pois não estamos preparados para todas as situações na vida, ainda mais levando em conta que a ocorrência foi logo após a primeira semana do módulo. Mas fico feliz por saber que os alunos estão capacitados e calmos para conseguir prestar um bom atendimento para a sociedade".
Relembre o caso do bebê que foi salvo por alunos do curso de formação de praças de Rio do Sul.