O emprego de sistemas que permitem a identificação de chamadas recorrentes no Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC), resultou na redução de 65% dos trotes entre os anos de 2020 e 2024. Em números absolutos, as chamadas falsas diminuíram de 15.400 para 5.306, e a perspectiva é que essa redução continue. Nos primeiros três meses de 2025 foram 1.195.
Com a modernização das tecnologias utilizadas nas nossas centrais, é possível, por exemplo, identificar chamadas pregressas de um determinado número. Se esse número já realizou um trote, ele ficará registrado em nosso sistema, facilitando a identificação pelo operador. Além disso, o georreferenciamento do celular que originou a ligação permite que, caso o operador desconfie de informações falsas, a chamada possa ser classificada como trote", explica o presidente da Coordenadoria das Centrais de Emergência do CBMSC, coronel Mateus Muniz Corradini.
A realização de chamadas falsas para as centrais de atendimento de emergência é considerada crime passível de punição. Mais do que uma brincadeira, essas ligações podem prejudicar atendimentos reais, impedindo que profissionais sejam direcionados a ocorrências legítimas por estarem ocupados com trotes. Diversas tecnologias, além do trabalho de conscientização, têm sido adotadas para minimizar os chamados "trotes".
A partir da identificação da chamada, também é possível retornar a ligação e realizar um trabalho de conscientização. Além disso, a geolocalização permite identificar o endereço de onde a chamada foi realizada, possibilitando, em casos mais graves, a denúncia aos órgãos competentes.