De forma inédita, cinco binômios do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC) estão participando da Competição Sul-Americana de Cães de Trabalho, que ocorre ao longo desta semana, em Florianópolis. O evento, que está em sua sétima edição, tem como foco principal os cães de polícia, mas, neste ano, o CBMSC também está presente.
A competição conta com 10 provas, e os binômios do CBMSC, dupla formada por bombeiro militar e cão, estão competindo nas seguintes categorias: busca de pessoas, obediência funcional, desempenho físico e busca de tecidos humanos. Esta última modalidade foi integrada de forma experimental nesta edição e deverá fazer parte da competição nas próximas edições.
O bombeiro militar Genivan Küll, tutor do cão Nick, ressaltou a importância da competição como um espaço de aprendizado. "Essa é a nossa primeira participação em um evento desse tipo, e é muito importante para revisar e aperfeiçoar nossos treinamentos. Competir exige uma preparação diferente do que estamos acostumados em ocorrências reais, mas isso nos ajuda a evoluir e melhorar nosso desempenho", comentou.
A adrenalina durante a competição exige um treinamento diferenciado, como explica o coronel da reserva remunerada Walter Parizotto. "Sempre que o cão é colocado à prova, em uma situação de adrenalina elevada, ele se aperfeiçoa para as buscas reais. Então, sou extremamente defensor dessas provas esportivas; acho que são extremamente válidas, importantes e benéficas, tanto mentalmente, porque os cães estão mais descontraídos, quanto para o aprimoramento do convívio entre as equipes", afirma.
O CBMSC está sendo representado pelos binômios aluno sargento Matheus Prêmoli e o cão Bono; cabo Thiago Evandro Amorim e a cadela Moana; cabo Jean Renato Vieira e a cadela Ilha; sargento Genivan Küll e o cão Nick; e sargento Marcos Vieira e a cadela Luna.
Ao todo, são 57 competidores de todo o país. As provas estão sendo realizadas na sede da Academia da Polícia Civil de Santa Catarina (Acadepol) e no Sapiens Park, desde a segunda-feira, 14, e se encerram nesta sexta-feira, 18. Participam cães da Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal, entre outras forças de segurança e também da sociedade civil.
Cinotecnia
A atividade de cinotecnia desenvolvida pelo Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina começou em 2003, de forma incipiente na cidade de Xanxerê, no Oeste catarinense. Em 2008, com o advento do desastre climático que assolou o estado, mais precisamente o Vale do Itajaí, a atividade foi aprimorada. Atualmente, os treinamentos e o modelo de cinotecnia adotados por Santa Catarina, em que o cão faz parte da família dos bombeiros e convive com ele durante 24 horas por dia, são referências nacionais. A corporação conta com uma Coordenadoria de Busca, Resgate e Salvamento com Cães.