Na semana do dia 21, o Batalhão de Operações Aéreas (BOA) e o SAMU Aeromédico de Santa Catarina realizaram o transporte aeromédico de um recém-nascido (RN) prematuro mediante a utilização de incubadora instalada no helicóptero Arcanjo-01.
A aeronave decolou às 09h36min de sua base em Florianópolis rumo ao Hospital Municipal e Maternidade Ruth Cardoso no município de Balneário Camboriú, pousando nesta localidade às 09h59min.
A tripulação foi composta pelos pilotos major Jair Pereira dos Santos Júnior e major Bruno Azevedo Lisbôa, a médica de voo Dra Daíse Müller e o enfermeiro de voo Fabiano do Prado Bueno.
A equipe de saúde desembarcou diretamente no hospital, recebeu o paciente e às 10h53min iniciou o voo para o destino, Hospital Regional Deputado Afonso Guizzo (HRA) em Araranguá, pousando às 12h.
Este tipo de missão com o emprego da aeronave de asa rotativa se mostrou mais ágil, trazendo benefício para o paciente transportado, pois permitiu que a equipe aeromédica fizesse a transferência do paciente leito a leito, sem a necessidade do emprego de apoio de ambulâncias terrestres.As questões logísticas também devem ser consideradas na decisão sobre qual o melhor recurso a ser empregado para cumprir a demanda solicitada.
A título de comparação, se o mesmo voo fosse realizado com o emprego de aeronave de asa fixa, o avião teria que pousar em Navegantes, aeroporto mais próximo a Balneário Camboriú e, posteriormente, no destino, o pouso teria que ser em Jaguaruna, já que o aeroporto mais próximo, o de Forquilhinhas em Criciúma, encontra-se fechado para obras.
A saber, o tempo de uma ambulância via terrestre de Balneário Camboriú para Navegantes é de cerca de 50 minutos, tempo equivalente ao trecho via terrestre de Araranguá para Jaguaruna.
Desta forma, mesmo o helicóptero tendo uma velocidade de cruzeiro menor do que o avião, foi possível obter o cumprimento da missão de forma mais rápida, ao evitar esses deslocamentos por terra com as ambulâncias.
Vale mencionar que nem sempre será possível realizar este tipo de missão com o emprego do helicóptero, já que as aeronaves de asa rotativa do serviço têm como sua função principal o atendimento de ocorrências primárias. Questões meteorológicas também influenciam na decisão sobre qual recurso será empregado.