Voltado para o público infantil, o Projeto Golfinho, que é oferecido de forma gratuita por todo o Estado, realizou atividades com 42 crianças durante o Circuito de Salvamento Aquático realizado pelo Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC), no sábado, 06, em Abdon Batista. Divididos em dois grupos, eles aprenderam sobre os perigos dos ambientes aquáticos, sinalização por meio das cores das bandeiras e noções de cuidados com o meio ambiente.
Para a sargento Jéssica Maia dos Santos, que é membro da Coordenadoria de Programas Comunitários e atua como Instrutora dos instrutores do projeto, realizar essa atividade no interior reforça a capilaridade do Programa e o comprometimento da corporação em disseminar assuntos sobre prevenção do afogamento para os mais diversos públicos. "As crianças precisam conhecer os perigos dos ambientes aquáticos, sejam eles piscinas, mar, rios, cachoeiras, para saberem como se divertir nesses espaços em segurança", afirma a sargento. Além disso, ela ressalta que ao aprender, as crianças ensinam seus familiares e com isso servem como disseminadores dessa conscientização que é fundamental para redução dos afogamentos.
Os irmãos Luiz Antônio Zembruski e Ana Clara Zembruski, de 7 e 10 anos respectivamente, participaram das atividades e resumem a experiência como muito legal. "A gente não conhece nenhuma praia mas ainda vamos conhecer e agora já sabendo que temos que prestar atenção nas cores das bandeiras", afirma Ana Clara. O Luiz Antônio afirma que a parte mais legal foi a das bandeiras e que quando ver uma na cor lilás ele já vai saber que tem água-viva e que ela dá choque. Eles, que não sabem nadar e costumam frequentar rios com seus pais, disseram que não podem ir ao rio sozinhos e que vão sempre lembrar desse ensinamento.
O problema do afogamento
O afogamento é considerado um problema social que pode ser evitado. Apesar de ocorrerem durante todo o ano, apresentam maior incidência durante o verão por conta do aumento no número de pessoas em atividades de lazer nas praias, rios, cachoeiras, lagos, entre outros.
Se considerarmos o tempo de exposição, um afogamento tem 200 vezes mais potencial de causar óbito em relação aos incidentes de trânsito, de acordo com a 10º edição do Boletim Brasil da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (SOBRASA). Com menores de idade, especialmente as crianças, a atenção precisa ser constante pois um afogamento acontece em uma fração de segundo. Se não resultar em um óbito, pode causar sequelas irreversíveis.
Segundo a SOBRASA, o afogamento é a primeira causa de morte de crianças de 1 a 4 anos, a terceira causa entre crianças com idade entre 5 e 9 anos e quarta causa de morte quando a faixa etária é de 10 a 24 anos. Ainda segundo eles, 04 crianças morrem por afogamento todos os dias, sendo que pelo um desses óbitos ocorre em casa.
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