Exercício orientado pela Assessoria do Corpo de Bombeiros Militar, do TJSC, ensina como agir com segurança em emergências
Nos grandes incêndios, mais de 45% das vítimas jamais foram tocadas pelas chamas; elas morrem por inalação do gás aquecido. Por isso, ao ouvir o alarme e perceber a fumaça, é preciso interromper imediatamente as atividades e abandonar o local de forma ordenada e pelo caminho correto.
Essa foi a simulação realizada por servidores, magistrados e demais colaboradores que trabalham no Fórum Rid Silva, em Florianópolis, nesta quarta-feira, 12 de março.
O simulado de evacuação começou por volta das 14h, com o acionamento de uma máquina de fumaça no terceiro andar. Em seguida, os procedimentos seguiram a ordem planejada: acionamento dos alarmes, comunicação com o Corpo de Bombeiros Militar pelo telefone 193 e evacuação dos 14 andares do prédio, conduzida pelos servidores que integram a Brigada Voluntária de Incêndio.
Os brigadistas conduziram a evacuação pela escada enclausurada, orientando as pessoas a descer pelo lado direito. O exercício incluiu, ainda, a simulação do resgate de uma pessoa com deficiência. Por fim, numa área de segurança ao lado do prédio, houve uma explicação didática de como fazer a reanimação cardiopulmonar (RCP).
Nesse momento, os participantes foram informados de que a fumaça, quando tóxica, pode provocar parada respiratória e, consequentemente, perda da consciência. Se a vítima continuar com a via aérea obstruída, o quadro pode evoluir para uma parada cardíaca. Por isso, a importância de conhecer os procedimentos da reanimação.
De acordo com o coronel Fabiano Bastos das Neves, chefe da Assessoria do Corpo de Bombeiros Militar no TJSC, "a atividade permitiu testar os protocolos de segurança na prática, detectar falhas e aperfeiçoar o plano de emergência, garantindo que, em uma situação real, todos possam evacuar o prédio com segurança e tranquilidade".
Segundo ele, a falta de conhecimento, o pânico e as ações improvisadas podem custar vidas. Para a chefe de cartório, Simoni Bastos, a atividade foi muito importante. "Ninguém está realmente preparado para uma situação dessas sem o devido treinamento. Essa preparação é essencial para que saibamos como agir se um incêndio acontecer", disse.
A atividade faz parte do Programa de Prevenção de Acidentes no Ambiente de Trabalho e de Capacitação das Brigadas de Incêndio do Poder Judiciário de Santa Catarina, promovido pela Academia Judicial em parceria com a Assessoria do Corpo de Bombeiros Militar. Além dos brigadistas e servidores do Fórum, participaram da ação integrantes da Casa Militar, do Núcleo de Inteligência e Segurança Institucional (NIS) e do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do TJSC.
Orientações práticas
1. Ativação do Plano de Evacuação
• Cessar imediatamente todas as atividades ao ser ativado o plano.
• Informar rapidamente todas as pessoas presentes no local que desconhecem o plano (público flutuante, clientes, visitantes, fornecedores etc.).
• Desligar todos os equipamentos elétricos.
• Fechar janelas e portas para retardar a possível evolução de um incêndio.
• Levar apenas itens essenciais e de fácil transporte (documentos, cheques, cédulas, valores e objetos pessoais) que estejam ao alcance.
• Não retornar ao local para buscar objetos esquecidos.
• Escutar atentamente as instruções da Brigada Voluntária de Incêndio.
• Utilizar as saídas de emergência e as escadas enclausuradas para descer.
• Manter-se sempre no lado direito da escada.
• Seguir o fluxo descendente para atingir o ponto exterior mais próximo.
• Após evacuar o prédio, deslocar-se para o ponto de encontro pré-estabelecido.
• Manter-se distante do imóvel para garantir melhor fluxo de saída e aguardar apoio do Corpo de Bombeiros/SAMU.
• Evitar pânico: não gritar ou correr para prevenir acidentes graves, como quedas e pisoteamentos.