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ANIMAIS PEÇONHENTOS

Acidentes com animais peçonhentos – cobras, aranhas, escorpiões e outros - podem provocar ferimentos e até a morte em casos mais graves. Todos estamos sujeitos a estas situações, especialmente durante os períodos mais quentes e chuvosos do ano, quando esses animais se encontram mais ativos. Veja algumas dicas de prevenção e primeiros socorros do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC):

Acidentes com aranhas

Diversas espécies de aranhas aparecem em Santa Catarina, contudo, conforme o Centro de Informações Toxicológicas do estado (CIATOX/SC), as aranhas de interesse médico já registradas em território catarinense são representadas pelos gêneros Loxosceles (aranha-marrom) e Phoneutria (aranha-armadeira).

Acidentes envolvendo estas espécies podem gerar manifestações clínicas que vão de dor e inchaço no local da picada à necrose, convulsões e edema pulmonar nos casos mais críticos. A gravidade dos acidentes depende da espécie, da idade da vítima (crianças e idosos têm maiores chances de desenvolver quadros mais graves) e da sensibilidade da pessoa picada ao veneno.

 

Como evitar acidentes

A maior parte dos acidentes envolvendo essas espécies ocorre no interior das residências. A aranha-marrom (espécie com o maior número de casos no estado), pode ser facilmente encontrada atrás de móveis, dentro de armários e sapatos. Desta forma, uma maneira de evitar acidentes é limpar regularmente esses locais e inspecionar roupas, calçados, roupas de cama e banho, antes de usá-los.

É importante também usar luvas de couro e calçados fechados durante o manuseio de materiais de construção (tijolos, pedras, madeiras e sacos de cimento), transporte de lenhas, movimentação de móveis e durante atividades rurais ou de limpeza de jardins.

 

Acidentes com escorpiões

Das 1.600 espécies de escorpiões já descritas pela ciência, apenas 25 são consideradas perigosas ao homem. Destas, somente três espécies são registradas em de Santa Catarina (Tityus costatus - escorpião-manchado, Tityus serrulatus - escorpião-amarelo e Tityus bahiensis - escorpião-marrom ou preto).

Esses escorpiões também aparecem com frequência no interior das residências, por isso pessoas que atuam na construção civil, crianças e donas de casa estão dentre os grupos mais afetados. Acidentes envolvendo esses espécies podem ocasionar dor de intensidade variável no local da picada, além de manifestações sistêmicas como náuseas, vômitos, hipertensão e taquicardia.

 

Como evitar acidentes

Os escorpiões se alimentam sobretudo de baratas e outros invertebrados que podem ser atraídos em função do acúmulo de lixo e entulhos nas proximidades das residências. Desta forma, para evitar a presença destes animais, procure manter quintais, jardins e terrenos baldios limpos. Acondicione os resíduos domiciliares em local apropriado e os entregue ao serviço de coleta. Assim como para as aranhas, recomenda-se verificar calçados e roupas antes de vesti-los e usar luvas para manipular materiais de construção, entulhos ou cuidar do jardim.

 

Acidentes com serpentes

As serpentes podem ser classificadas em dois grupos diferentes: as peçonhentas, que produzem e inoculam veneno, e as não peçonhentas. Ambos os grupos podem ser encontrados nos mais diferenciados habitats, inclusive no ambiente urbano.

Novamente conforme dados disponibilizados pelo CIATOX/SC, no estado de Santa Catarina, as serpentes de interesse médico são a jararaca (Bothrops jararaca), a jararacussu (Bothrops jararacussu), a cascavel (Crotalus durissus) e a coral-verdadeira (Micrurus sp.). A picada dessas serpentes pode gerar diferentes manifestações conforme a espécie.

 

Como evitar acidentes

A maior parte dos acidentes envolvendo serpentes ocorre em membros inferiores, até a altura do joelho. Desta forma, recomenda-se o uso de botas de cano alto ou botinas com perneiras ao desenvolver atividades agropecuárias ou de lazer em ambientes naturais, como trilhas no campo, praias ou na mata. Deve-se também evitar colocar a mão em buracos ocos, amontoados de folhas secas, tocas ou qualquer outro local que possa ser utilizado por esses animais como abrigo.

Para evitar a presença de serpentes nas proximidades de residências, é importante eliminar montes de entulho, lenha, acúmulo de lixo, folhagens secas ou qualquer condição que propicie abrigo para esses animais ou a proliferação de roedores (visto que grande parte das serpentes de interesse médico se alimenta de ratos).

 

Acidentes com lagartas

As lagartas, taturanas ou bichos-cabeludos são estágios larvais de espécies de mariposas. Na maioria dos vezes o contato com esses animais causa urticária (sensação de queimação) e dor no local, não havendo lesões mais graves. No entanto, acidentes envolvendo a espécie Lonomia obliqua podem evoluir para um quadro hemorrágico grave.

A lagarta Lonomia obliqua possui de 6cm a 7cm de comprimento, coloração com diferentes tonalidades de marrom e pequenos espinhos verdes (com aspecto semelhante a folhas de pinheiro) ao longo do corpo. Essa espécie é encontrada sobretudo na região oeste de Santa Catarina.

 

Como evitar acidentes

Procure evitar o contato direto com qualquer tipo de lagarta. Ao desenvolver atividades rurais, de jardinagem, podas e afins, utilize roupas de manga longa, chapéu e luvas de raspa de couro. Observe atentamente as folhas e troncos das árvores caso seja necessário tocá-los.

 

Primeiros socorros em caso de acidente com animais peçonhentos

As ações de primeiros socorros são semelhantes para todas as espécies peçonhentas citadas acima. De maneira geral, elas são divididas em medidas que devem ser tomadas e em atitudes que devem ser evitadas, seja em função de sua ineficiência ou em decorrência de seu potencial de agravar a lesão ou os efeitos da toxina.

 

Medidas a serem tomadas:

  • Lavar o local da picada/local afetado com água e sabão;
  • Manter a vítima em repouso;
  • Remover anéis, pulseiras, braceletes e outros adornos;
  • Procurar o serviço médico mais próximo;
  • Se possível, levar foto/vídeo ou o próprio animal (mesmo morto) para identificação.

 

Atitudes que não devem ser tomadas:

  • Não fazer torniquete, garrote ou amarrar o membro afetado;
  • Não cortar ou perfurar o local da picada;
  • Não colocar folhas, pó de café, terra ou outros contaminantes no local;
  • Não oferecer bebidas alcoólicas, querosene ou outros tóxicos à vítima.

 

Em caso de dúvidas entre em contato com a Vigilância Epidemiológica do seu município ou com o Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina (CIATox/SC): 0800 643 5252.

 

Em caso de emergência, ligue 193.

 

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