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HISTÓRIA

No Brasil, a primeira corporação de bombeiros foi criada pelo Imperador Dom Pedro II, em 2 de julho de 1856, o que o consagrou como patrono dos Corpos de Bombeiros Militares do Brasil.

Com o passar do tempo e com a proclamação da República, os estados que possuíam melhores condições financeiras passaram a constituir seus próprios Corpos de Bombeiros. As primeiras corporações foram criadas dentro da estrutura das Forças Públicas Estaduais, antiga denominação das Polícias Militares.

O Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina foi criado como parte da então Força Pública de Santa Catarina, hoje Polícia Militar, por meio da Lei 1.288, de 16 de setembro de 1919. O Deputado Adolpho Konder foi o responsável por conseguir, junto ao Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (hoje Rio de Janeiro) o capital técnico para treinar os membros da Seção de Bombeiros. Para a tarefa, aquela corporação apresentou o 2º Tenente Domingos Maisonette, acompanhado por dois auxiliares.
O Boletim nº 257, de 15 de setembro de 1926, transferiu integrantes da Força Pública para a Seção de Bombeiros, assim como designou um oficial para comandá-la. No mesmo boletim, publicou-se a apresentação dos militares oriundos do Distrito Federal.
A instalação foi efetivada em solenidade ocorrida às dez horas da manhã de 26 de setembro de 1926. Presentes no evento o Comandante da Força Pública, Tenente-Coronel Pedro Lopes Vieira, e o Governador Antônio Vicente Bulcão Viana e demais autoridades. A Seção dispunha de duas bombas a vapor (uma manual e outra cisterna), seis seções de escadas de assalto (sendo uma de gancho para acesso à sacadas), dois aparelhos hidrantes de incêndio, ferramentas de sapa e uma quantidade de mangueiras para permitir o funcionamento regular e eficiente dos trabalhos que seriam desenvolvidos pela Seção.
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Comandada pelo 2º Tenente Waldemiro Ferraz de Jesus, a Seção de Bombeiros da Força Pública de Santa Catarina foi instalada provisoriamente nos fundos da Inspetoria de Obras e Saneamento, na Rua Tenente Silveira, centro de Florianópolis, e contava com 27 praças e um oficial. Em dezembro de 1926, a Seção passou a operar a partir do Quartel-General da Força Pública, na Rua Visconde de Ouro Preto. Entre 1929 e 1930 ocorreram as obras do Pavilhão do Corpo de Bombeiros, hoje conhecido como Quartel Histórico.

quartel

Em 1957 a corporação recebeu a primeira Auto Escada Mecânica, importada da Alemanha, além de um caminhão norte-americano. A expansão inicial dos serviços ocorreu em 13 de agosto de 1958 para o interior do Estado, com a instalação de uma Estação de Bombeiros na cidade de Blumenau. Posteriormente, nas cidades de Itajaí (15 de maio de 1962), Chapecó (13 de abril de 1965) e Lages (25 de setembro de 1965). 

Na década de 1960 foi criado o serviço de Salvamento Aquático, para oferecer segurança às pessoas que, em número cada vez maior, procuravam as praias do litoral catarinense. Inicialmente oferecido na Praia do Balneário de Camboriú, a Polícia de Salvamento evoluiu para os atuais Guarda-Vidas, presentes em todo o litoral catarinense e localizações estratégicas no interior e Oeste, cuja balneabilidade é um atrativo.

Nos anos 1970, em virtude dos grandes incêndios ocorridos principalmente na cidade de São Paulo, os conhecimentos adquiridos junto à corporação daquele Estado e a necessidade de medidas preventivas em edificações, surgiam as Atividades Técnicas, hoje consolidadas na Diretoria de Segurança Contra Incêndio.

Na data de 8 de novembro de 1982, o Governo do Estado firmou um contrato de arrendamento (leasing) com o objetivo de modernizar e padronizar a frota do Corpo de Bombeiros, adquirindo 4 auto escadas (três com 37 metros e uma com 44 metros), 16 caminhões-tanque (Auto Tanque), 10 caminhões leves (Auto Comando de Área) e 24 caminhões para combate a incêndio (Auto Bomba Tanque), totalizando 54 viaturas. Naquela época, a frota contava com 47 viaturas.

Em 1987, no 2º Subgrupamento de Incêndio de Blumenau, iniciou-se a implantação do serviço de Atendimento Pré-Hospitalar, realizado por bombeiros socorristas.

Nos anos 1990, na 2ª Companhia de Bombeiros Militar em Chapecó, surgia a atividade de Resgate Veicular. 

Em 13 de junho de 2003, com a aprovação da Emenda Constitucional nº 33, o Corpo de Bombeiros deixa de ser parte integrante da estrutura organizacional da Polícia Militar de Santa Catarina. A partir desta data, adquire o status de corporação autônoma, e a denominação Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina.

No ano de 2004, a corporação adotou o fardamento na cor azul bandeirante, padrão que segue até a atualidade. No mesmo ano, iniciou o serviço de cães, no Quartel do CBMSC em Xanxerê

Em 16 de fevereiro de 2011, visando o aprimoramento na resposta a desastres, eventos extremos e de calamidade pública, com a necessidade do emprego de recursos extraordinários, foi criada e ativada a Força-Tarefa. Sua atuação não restringe-se ao Estado de Santa Catarina; o CBMSC já prestou apoio a outras Unidades da Federação e integrantes da FT já executaram ações a nível internacional.

No ano de 2013, o CBMSC alcançou o poder de polícia administrativa, com o advento da Lei nº 16.157, de 7 de novembro de 2013.

Atualmente, a corporação está presente em 141 municípios catarinenses, para atender toda a população com serviços rápidos e de qualidade, fatores que concedem à Santa Catarina o Estado com uma das melhores abrangências de serviços de bombeiros do país.

Acervo histórico

Inaugurado em 18 de dezembro de 2014, o Acervo Histórico do CBMSC reúne em uma sala construída junto ao Centro de Ensino Bombeiro Militar (CEBM) em Florianópolis, equipamentos, viaturas e documentos que ajudam a contar um pouco da história da Corporação catarinense.

Entre os objetos em exposição, a bomba a vapor utilizada no início da atividade de combate a incêndio no Estado, montada sobre um veículo de tração animal, utilizada nas primeiras décadas de atividade para pressurizar a água que extinguia incêndios por Florianópolis – até então a única guarnecida pelo serviço.

acervo viatura

Também foi preservado o manuscrito mais antigo da Corporação, escrito pelo Comandante da Seção de Bombeiros da Força Pública, que conta detalhes da ação de combate ao primeiro incêndio por integrantes da instituição recém-criada, em outubro de 1926.

acervo manuscrito

A estes materiais somam-se capacetes, fardamentos, outros equipamentos e registros fotográficos diversos que trazem consigo a história de comprometimento e esforços conjuntos para a honrada missão de salvar vidas e bens alheios no Estado.

 

 

 

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